É de reparar que as maiores reformas do PS, o tal do ímpeto extremamente reformista, continuam a incidir, não sobre o futuro do país, mas sobre as pessoas e o que de mais privado têm na sua vida. O último reduto da liberdade de cada um poderá passar pelo seu próprio corpo e pela forma como dele cuida. Desta foi a vez dos piercings. É inacreditável, mas o PS começa a ganhar contornos totalitários. Mesmo que esse totalitarismo seja higiénico ou vise melhorar a saúde de cada um, a verdade é que por muito menos se caiu em muito mais. A verdade é que as limitações a que vamos cedendo na nossa autonomia, nestes ligeiros pormenores, podem resultar num enorme e global bloqueio de liberdades. Hoje, pela mão do PS, proíbem-se os piercings e a reprodução de cães considerados perigosos. Amanhã, mesmo que se diga que existe liberdade de expressão, ela terá limites, pois muito do que poderia focar ou debater deixou de existir.
sábado, 15 de março de 2008
quarta-feira, 5 de março de 2008
Ainda o Socialismo
O Henrique Raposo, nova e excelente aquisição do Expresso, defende na sua primeira crónica no semanário aquilo que eu já tinha dito: A pátria alberga a esquerda totalitária (PCP), a esquerda circense (BE), a esquerda socialista (PS), a esquerda social-democrata (PSD) e a esquerda beata (CDS). Na hora da verdade, todos os partidos apresentam uma visão esquerdista da sociedade e do estado.
Como defendi anteriormente, o país está entregue a vários socialismos. Mais conservadores, mais libertários, os socialistas combatem-se com propostas liberais. Continuo a acreditar que essas só nascerão dentro do CDS.
Como defendi anteriormente, o país está entregue a vários socialismos. Mais conservadores, mais libertários, os socialistas combatem-se com propostas liberais. Continuo a acreditar que essas só nascerão dentro do CDS.
Não é esquizofrénico, é natural
João, permite-me discordar.
As pessoas não viram à esquerda por haver uma crise. Toda a gente sabia que depois de Guterres vinha a direita ao poder para "arranjar as coisas". Com Socrates é diferente, porque as pessoas têm a ideia que ele está a governar à direita. Como a direita não consegue desfazer a ideia, é normal que o povo se vire à esquerda para "arranjar as coisas".
Se a direita não conseguir fazer passar que as políticas de Sócrates criam problemas que a esquerda amplia e a direita pode impedir, então quando Sócrates acabar, vai continuar a esquerda no poder (PS+PCP, PS+BE, PS+PCP+BE ?). A questão é só esta: Tem a direita políticas alternativas às do PS, ou era só tudo mais ou menos igual com outros protagonistas?
As pessoas não viram à esquerda por haver uma crise. Toda a gente sabia que depois de Guterres vinha a direita ao poder para "arranjar as coisas". Com Socrates é diferente, porque as pessoas têm a ideia que ele está a governar à direita. Como a direita não consegue desfazer a ideia, é normal que o povo se vire à esquerda para "arranjar as coisas".
Se a direita não conseguir fazer passar que as políticas de Sócrates criam problemas que a esquerda amplia e a direita pode impedir, então quando Sócrates acabar, vai continuar a esquerda no poder (PS+PCP, PS+BE, PS+PCP+BE ?). A questão é só esta: Tem a direita políticas alternativas às do PS, ou era só tudo mais ou menos igual com outros protagonistas?
segunda-feira, 3 de março de 2008
Esquizofrenia social (2)
Sempre que há uma crise ou que esta se agrava vê-se uma viragem na tendência de voto para a área da esquerda. Mesmo daqueles que reconhecem que a lógica da direita, para alavancar a economia e consequentemente minorar a crise, funciona. É mais uma esquizofrenia social que eu não entendo, sobretudo se pensarmos que todas as engenharias sociais, todos os mecanismos socialistas, que soam a bóia de salvação directa e acessível nos tempos de crise, são dos principais responsáveis pela perigosidade das tempestades! Juro que não entendo certos comportamentos...
Esquizofrenia social
As pessoas levam o dia, e bem, a queixarem-se do Estado lhes sugar 40% do suor; a queixarem-se da carga fiscal que lhes aperta a carteira, dos elefantes brancos que foram e vão ser feitos, dos desperdícios públicos que podiam ser luxos para os contribuintes, do peso do Estado que os asfixia, disto e muito mais, mas, no fim, quando lhes aparece uma sondagem sobre a proposta de Luís Filipe Menezes para retirar publicidade à RTP votam maioritariamente a favor. Eu garanto que não percebo!!
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