sábado, 15 de março de 2008

Eu nunca vivi nada assim

É de reparar que as maiores reformas do PS, o tal do ímpeto extremamente reformista, continuam a incidir, não sobre o futuro do país, mas sobre as pessoas e o que de mais privado têm na sua vida. O último reduto da liberdade de cada um poderá passar pelo seu próprio corpo e pela forma como dele cuida. Desta foi a vez dos piercings. É inacreditável, mas o PS começa a ganhar contornos totalitários. Mesmo que esse totalitarismo seja higiénico ou vise melhorar a saúde de cada um, a verdade é que por muito menos se caiu em muito mais. A verdade é que as limitações a que vamos cedendo na nossa autonomia, nestes ligeiros pormenores, podem resultar num enorme e global bloqueio de liberdades. Hoje, pela mão do PS, proíbem-se os piercings e a reprodução de cães considerados perigosos. Amanhã, mesmo que se diga que existe liberdade de expressão, ela terá limites, pois muito do que poderia focar ou debater deixou de existir.

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